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Soldados LGTB expulsos do exército britânico poderão recuperar medalhas
Até o ano 2000, lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros não podiam servir no exército britânico. Na década de 1990, um militar que haviam recebido medalhas na Guerra das Malvinas foram condenado por bissexualidade e perdeu a homenagem.
- - G1 / FolhaGO
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Os soldados que foram expulsos do exército do Reino Unido por sua orientação sexual ou identidade de gênero poderão recuperar suas medalhas, anunciou nesta terça-feira (16) o Ministério da Defesa.
Até o ano 2000, lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros não podiam servir no exército britânico.
Alguns foram expulsos (entre 200 e 250 por ano, segundo o jornal "The Guardian") e perderam suas medalhas quando foram desmobilizados.
Em seu site, o Ministério da Defesa declarou estar "empenhado em remediar esse erro histórico", implementando "uma política que permita a essas pessoas reivindicarem a devolução de suas medalhas".
Os soldados afetados - ou seus parentes próximos, caso já tenham morrido - podem agora solicitar que seus casos sejam examinados e poderão receber uma nova medalha.
O primeiro-ministro Boris Johnson comemorou a notícia, que permitirá "enfrentar um erro histórico" e reparar esta "enorme injustiça".
O anúncio também foi saudado pela associação de veteranos Fighting with Pride.
A mudança ocorre após a batalha legal do ex-veterano da Guerra das Malvinas Joe Ousalice, que no ano passado conseguiu reaver a medalha que lhe foi confiscada quando foi forçado a deixar a Marinha Real por causa de sua orientação sexual.
Natural de Southampton, agora com 70 anos, ex-operador de rádio que também serviu no Oriente Médio e na Irlanda do Norte durante sua carreira de 18 anos, foi destituído de sua medalha por seus anos de serviço e boa conduta após ser condenado por um conselho de guerra em 1993 por sua bissexualidade.
Veja um vídeo de 2012 sobre a Guerra das Malvinas, na qual ele lutou.


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