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Vacinação irregular de pessoas próximas ao governo '''é imperdoável''', diz presidente argentino
Alberto Fernández deu a declaração após polêmica envolvendo o ministro da Saúde, Ginés González García, que estava desviando vacinas contra a Covid-19 para amigos, servidores e secretários de governo.
- - G1 / FolhaGO
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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que a vacinação irregular de pessoas próximas ao governo, que levou à renúncia do ministro da Saúde, Ginés González, na sexta-feira, "é imperdoável", escreveu em comunicado divulgado neste domingo (21).
"Ginés foi um grande ministro. E além disso o adoro. Mas o que ele fez é imperdoável", afirmou Fernández ao jornal local Página 12, que, segundo a reportagem, teve uma "conversa informal" com o presidente na manhã de sábado (20).
Ministro argentino da Saúde, Ginés González García, recebe carregamento de vacinas contra a Covid-19 no aeroporto internacional de Ezeiza, em foto de 17 de fevereiro de 2021 — Foto: Matias Baglietto/Reuters/Arquivo
"A política é ética, temos que acabar com esse tipo de prática, com a cultura argentina de astúcia, malícia, gestão de influências", acrescentou o presidente, que na sexta-feira pediu a González que renunciasse ao saber "pelos jornais" que funcionava no Ministério da Saúde um posto de vacinação para pessoas próximas ao governo.
"Eu não tolero coisas assim. Não faço coisas assim. Dirijo meu próprio carro. Quando eu não era funcionário público e me ofereceram para ir à Sala VIP sem fila, eu recusei. Como presidente não posso consentir que esses privilégios sejam concedidos", concluiu Fernández.


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