Cidades
Países do G7 condenam violência contra manifestantes em Mianmar
A repressão a um protesto contra o golpe militar em Mianmar deixou ao menos dois mortos neste sábado 20 . Na sexta, uma jovem morreu depois de ser alvejada durante uma manifestação.
- - G1 / FolhaGO
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Os ministros das Relações Exteriores dos países do G7 afirmaram, nesta terça-feira (23), que "condenam com firmeza" a violência dos militares contra os protestos em Mianmar. Eles pediram, em declaração conjunta, que "se respeitem os direitos humanos e o direito internacional".
"Qualquer um que responda a protestos pacíficos com violência deve prestar contas", disseram os diplomatas do G7 em nota.
"Usar munição letal contra pessoas desarmadas é inaceitável", afirmaram os representantes do grupo com as maiores potências econômicas do mundo, formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
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"Condenamos a intimidação e a opressão daqueles que se opõem ao golpe", segue o documento do G7. "Manifestamos nossa preocupação com a repressão da liberdade de expressão, incluindo o corte da internet e mudanças na lei que reprime a liberdade de expressão."
Manifestantes pedem libertação de Aung San Suu Kyi, maior líder política de Mianmar, durante protesto em Mandalay nesta segunda-feira (15) — Foto: AP Photo
O grupo dos países ricos pede o fim do "ataque sistemático" contra manifestantes, médicos, a sociedade civil e jornalistas – e a revogação do estado de emergência decretado no país asiático.
Nos últimos dias, houve uma escalada na repressão para tentar conter os atos. O governo proibiu concentrações, mobilizou veículos blindados, e efetuou prisões noturnas contra opositores.
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Alegando fraude eleitoral, uma junta militar tomou o poder em 1º de fevereiro, após prender a cúpula do governo e a maior liderança política de Mianmar, Aung San Suu Kyi.
Protestos vêm se espalhando pelo país. Os manifestantes costumam carregar cartazes com mensagens incentivando atos de desobediência civil.
A repressão a um protesto contra o golpe militar em Mianmar deixou ao menos dois mortos neste sábado (20), informou o serviço birmanês de emergências. Na sexta, uma jovem morreu depois de ser alvejada por tiros de metralhadora em uma manifestação.


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